
O trânsito do nosso Recife continua cada vez mais caótico e estressante, em todos os níveis. Enchurradas de bicicletas, de motos, pedestres, trombadinhas, flanelinhas, carros e carroças. Lembra os antigos documentários que assistia quando criança sobre a Índia e a cidade de Bombaim, onde atravessar uma rua era uma aventura sem fim. Pois bem, aquela situação agora se reflete por aqui também em pleno século XXI. Na Cidade Universitária, onde trabalho e obrigatoriamente transito diariamente, vivo uma situação que pode ser considerada um verdadeira maratona psiquiátrica e cardiológica. Passar debaixo da passarela que liga o Edifício da Sudene e o Hospital das Clínicas já é uma situação de risco, semelhante a um passeio a noite pela Faixa de Gaza. A passarela, condenada pelas autoridades competentes, espera tranquilamente o dia e a hora de cair em cima dos carros que ali transitam a cada minuto. Situação agravada nos últimos meses pela faixa de pedestre que pintaram na pista, gerando engarrafamentos quilométricos e frequentemente assaltos. Para piorar, soube que a Fade( Fundação ligada a UFPE) está passando por auditoria do Ministério Público e que ela era a responsável pela manutenção da passarela. Ora, se é verdadeira esta situação, quem assumirá a responsabilidade pelos enormes transtornos que estão enfrentando transeuntes e veículos? É lamentável que as centenas de pessoas, muitas vindo de outras cidades do interior para consultas ao HC coloquem suas vidas em risco, poque não tem o direito de usar com segurança uma passarela. Outro dia sai do trabalho no meio da tarde para uma consulta na Madalena, e foi um verdadeiro teste cardiológico, sai da Cidade Universitária, seguindo pela Caxangá, Benfica, Praça do Internacional e Madalena. Até chegar ao destino, foi um verdadeiro feito digno de grandes atletas olímpicos. Nem o Phelbs teria coragem de arriscar este trânsito com a sua competência de grande atleta . Cheguei com o coração pulsando e olha que não precisei nem consultar cardiologista!
Marcelo vc é um cara de sorte, pois não precisou passar pela Conde da Boa Vista, se precisasse com certeza estaria cardiaco, isso claro se conseguisse chegar. Nosso planejamento urbano se limita a duplicar o número de faixas na mesma área (verdadeira mágica), onde existiam 3 faixas passa-se para 4 sem aumentar a largura da via, cria-se a famosa Faixa JOÃO PAULO, mais uma invenção do PT,mais com a mesma a quantidade, porém a qualidade????
ResponderExcluirPedro
Olá Pedro! Você tem toda razão. Isso me lembra daquela música de Gonzaguinha que dizia "E o povão gostando...". Esta seria a melhor oportunidade para dar o troco. A Conde da Boa Vista transformou-se num corredor polonês, com todo mundo imprensado.
ResponderExcluirUm abraço!